terça-feira, 21 de julho de 2009

. própio alimento próprio .


Um após o outro
Degluto-os

incessantemente
deseperadamente

Ainda oco
insito

tenros
semi-vivos
tão meus
tão prórios

Não me sacia

mordo
rasgo
destroço
me consumo
e me encontro aos pedaços

5 comentários:

Anônimo disse...

Nos tornamos aquilo que consumimos.
Prescrevo à você apenas:
consumir em doses elevadas de lembranças saudáveis e amor. Porções de paciência e calma. Logo mais, em 4 dias se sentirá muito melhor.

Rayanne disse...

Autofagia literária!


**Estrelas, poeta!**

João Campos Nunes - o Bêbado de chuva disse...

Então o eu-lírico estava se masturbando?
Hahaha.


Shu seu senso poético é fora do comum. Parabéns.

Só preste atenção para não cair na mesmice de usar sempre as mesmas palavras com muita frequência - mais quais são as palavras que nunca são ditaaaaas - tipo "tenro".

Abraço. Ps: Ah, meu conto 'Paula' é muito despretensioso, mas ficou bonitinho né, que sirva de exemplo. Como eu fiz questão, vale ressaltar, as personagens ali descritas são mera impressão sua.

epi. disse...

"MAS quais são as palavras que nunca são ditas?"

pasqualezando, beijos brasil!

Adriano Queiroz disse...

Eu adorei esta poesia.
Ela é viva.

Como é pouco fotográfica e mais psicológica, cada um embarca sua viagem interior no mundo de seus próprios desejos e experiências.

Uma delícia: é o que foi pra mim.

Abraços.