segunda-feira, 12 de setembro de 2011

. Souvenir .

Te deixo minha culpa, pega no laço, puxa-o
e encontra o vazio
que ecoa e já não cabe mais em mim

Fica de lembrança, meu medo calado e a dependência infantil, toma o fel desta sombra de sorriso, que um dia, nasceu só pra ti

É um regalo, guarde o embrulho, este sal secará

O eco do peito ressoa, frio e azul
Com projeções, tais pequenas caixas de barro, eu forro este mesmo peito que foi tua morada e que inundamos por tantas vezes

Tens a chave, guarda a cópia, não é presente
é teu.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

. território infundado .

Dou-me e me dói
Pode um só, guardar dois em si?
E egoísta chamar de amo
Por querer para si aquele(s) que não o são

É da proteção
do sonho
É daquele que acolhe o choro

Choro por aquele que não acolhi
a quem dei um sorriso claro
que hoje resta em sobra
e sobrevive em meus sonhos

Culpo a dislexia
A troca dos nomes
Já a confusão do peito
Não tem réu

No seio fértil do desejo
Esqueço a posse
É só o que se pode fazer

Não há bandeiras ou cercas
num territorio infundado

Não
Não se pode guardar dois em si
Por ser um só
Um ser só.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

. Plus .

É uma vontade insana
gana de ter cheiro
apertar tua pele
e sentir o gosto que sempre me enebria
Avisaram: "Isto é química"


O som da ta voz
é o que acalma
Quero saber dos teus passos
e quem assiste os sorrisos
que de longe não enxergo
E advertiram: "isso é posse"


Quero tuas piadas
Teus braços que preenhem lacunas em mim
Num só abraço conforta
encontro meu norte
e finco minha casa
E categoricamente me dizem "carência"


Pois eu chamo de amor
e sei que te amo
pra sempre, e mais um dia.