Breve conto d'um sovina
Os olhos eram pequenos e opacos
Traziam muita história e um quê de melancolia
Abriu-se um sorriso sincero que não veio só.
Adiantaram-se palavras tímidas que o acompanharam e que logo se esvairam pelo vento
sem a menor resistência.
Sua cabeça ansiava uma resposta minha que não veio, escondeu-se.
Só percebi aquele corpo franzino e moribundo
que nada me pediu, em nada me incomodou.
Que se contentaria com uns tantos dentes à mostra e um pequeno gesto afirmativo.
Mesquinhamente, a privei dele, por não ultrapassar o muro de sua pobreza
privilegiei sua dor, não pude notar sua história, suas palavras
e fiz das lágrimas companheiras do meu egoísmo e miudeza.
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3 comentários:
Não to podendo escrever/postar muito ultimamente pq to nos corre...mas logo to de volta!!!!!!!!!!!!
já passei por aqui já... muito bom
abraço e obrigado pela visita!!!
Mto bom.
Parabéns pelo texto!
Shu.
Gostei bastante da poética. Tem ritmo, tem um tom. Parabéns.
Mas, achei também um pouco confuso, o que não é, em absoluto uma crítica negativa, afinal de contas, não é preciso ser claro, basta ser verdadeiro.
Abraço
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