terça-feira, 11 de agosto de 2009

Breve conto d'um sovina

Os olhos eram pequenos e opacos
Traziam muita história e um quê de melancolia
Abriu-se um sorriso sincero que não veio só.
Adiantaram-se palavras tímidas que o acompanharam e que logo se esvairam pelo vento
sem a menor resistência.
Sua cabeça ansiava uma resposta minha que não veio, escondeu-se.
Só percebi aquele corpo franzino e moribundo
que nada me pediu, em nada me incomodou.
Que se contentaria com uns tantos dentes à mostra e um pequeno gesto afirmativo.
Mesquinhamente, a privei dele, por não ultrapassar o muro de sua pobreza
privilegiei sua dor, não pude notar sua história, suas palavras
e fiz das lágrimas companheiras do meu egoísmo e miudeza.

3 comentários:

Bo i na disse...

Não to podendo escrever/postar muito ultimamente pq to nos corre...mas logo to de volta!!!!!!!!!!!!

já passei por aqui já... muito bom

abraço e obrigado pela visita!!!

Anônimo disse...

Mto bom.
Parabéns pelo texto!

João Campos Nunes disse...

Shu.

Gostei bastante da poética. Tem ritmo, tem um tom. Parabéns.
Mas, achei também um pouco confuso, o que não é, em absoluto uma crítica negativa, afinal de contas, não é preciso ser claro, basta ser verdadeiro.

Abraço