sexta-feira, 23 de abril de 2010

. Ego nº 6 .

Não achou um nome
sequer algo que se aproximasse
que compreendesse
ou prendesse
aquele terror
aquele fato

Então perdeu-se
rendeu-se
foi só o topor
a falta de tato
o não-talento nato
de não se reconhecer
e se estremecer
diante do estranho
ameaçador e intacto
que o fita no reflexo do espelho.


5 comentários:

Petro disse...

Very nice...o poema é profundo, e libertador também. Senti-me pensativo...com isso "diante do estranho ameaçador e intacto
que o fita no reflexo do espelho.". Vc faz boa poesia.
xero
P>>

Lina Cavalcante disse...

Ainda não sei que é aquela me fita no banheiro ou a outra com o rosto embreagado no bar qualquer...
me identifiquei, beijos.

Anônimo disse...

Abordagem da alteridade do próprio sujeito. Reconheces a ti mesmo?
Quando já não sabemos quem somos, ou estranhamos aquilo que nos tornamos o melhor a se fazer é escrever.

Marina disse...

o espelho e nossas reflexões... :)

Lady Salieri disse...

Vc que tem que me dar coisas, fiote. Voc~e. Ow, saudade imensa imensa! Comofaz pra falar com vc?